segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Tarifa do metrô do Rio aumenta para R$ 5,80 e passa a ser a mais cara do Brasil

Reajuste tinha sido adiado por um mês. Aumento de R$ 5 para R$ 5,80 é de 16%

Luis Zamorano

Fontes: g1.globo.com e https://diariodotransporte.com.br/ 

13/09/2021 


Vagão do metrô do Rio lotado no dia 18 de dezembro,
apesar das medidas para evitar aglomeração
Imagem: Marcos Rocche ????

A tarifa básica do Metrô Rio aumentou de R$ 5 para R$ 5,80. Após quase dois meses de negociações, o governo do estado e a concessionária acertaram o novo valor, que passa a ser o mais caro do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.

Em março, a agência reguladora (Agetransp) tinha autorizado uma passagem unitária de até R$ 6,30, a partir de 2 de abril, mas o reajuste acabou adiado.

O Metrô Rio alega perdas que ultrapassam R$ 600 milhões. Antes da pandemia, 900 mil passageiros circulavam no sistema por dia; hoje, são 390 mil por dia. Confira o posicionamento do MetrôRio sobre o reajuste:

O MetrôRio informa que a partir de terça-feira, 11/05, a tarifa vai passar de R$ 5 para R$ 5,80. O valor previsto no contrato de concessão e homologado pela Agetransp, em fevereiro, era de R$ 6,30. Após negociações com o governo do Estado, e diante do cenário socioeconômico provocado pela pandemia e também da grande queda de demanda do sistema metroviário, chegou-se a um acordo para reduzir a nova tarifa em R$0,50. Foi celebrado hoje, 7/5, um termo aditivo ao contrato de concessão, que define a nova tarifa e também cria um grupo de trabalho para analisar o equilíbrio da concessão até 31/12/2021.

Estação de Botafogo
Foto: MetrôRio

Desde o início da pandemia, o MetrôRio já acumula perdas de mais de R$ 650 milhões. Nos dois primeiros meses de isolamento social, houve uma queda de demanda de passageiros superior a 80%. Atualmente, a redução ainda é de 60%. Esta é a maior crise da história do transporte.

O cálculo do reajuste anual é feito com base na variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021.

O MetrôRio ressalta que o sistema metroviário tem altos custos fixos suportados exclusivamente pela receita tarifária.

Apesar das dificuldades financeiras, a concessionária, além de manter os mesmos intervalos praticados no período pré-pandemia nos horários de pico, com oferta máxima da frota, também adotou as melhores práticas de higienização de trens e estações. A operação segue em pleno funcionamento tanto na Linha 4 quanto nas linhas 1 e 2, em horário regular e com todas as estações abertas.


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